terça-feira, 26 de abril de 2011

Despedida do TREMA






É UMA TREMENDA AULA DE CRIATIVIDADE E BOM HUMOR, COM ACENTUADA INTELIGêNCIA.

Despedida do TREMA
Estou indo embora. Não há mais lugar para mim.
Eu sou o trema.
Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu
estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiféros, nas lingüiças e
seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e
eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário.
Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas
grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio...
A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela.
Os dois pontos disseram que  sou um preguiçoso que trabalha deitado
enquanto eles ficam em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C bobão que fica se
passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra.
E também tem aquele obeso do O  e o anoréxico do I. Desesperado,
tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico
de reticências, mas ele se negou, sempre encerrando logo todas as
discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por
aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são
os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade
nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de
argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá
conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de
medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto
durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês
sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nos vemos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na
história.
Adeus,
Trema.
Postado por Luiz Penha

Gimme a Break, nobre Deputado!


*Postado por Kênia Pinheiro


Por dois votos (26 a 24), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou na terça-feira uma lei que proíbe o uso de palavras estrangeiras. Trata-se de uma versão regional da mesma ideia torta que, em nível nacional, fez o projeto Aldo Rabelo despertar marolas alguns anos atrás. O deputado gaúcho Raul Carrion, autor do projeto, compartilha com Rabelo não apenas a sigla partidária, PC do B, mas também uma peculiar mistura de demagogia e ignorância sobre o funcionamento das línguas.
A demagogia vem do apelo fácil aos brios nacionalistas de uma grande parte da população, que não tem por que aprovar o uso indiscrimado de jequices linguísticas como sale nas vitrines de lojas em liquidação ou vanilla nas embalagens de sorvete de creme.
A ignorância linguística fica atestada no momento em que se acredita – ou se finge acreditar – que uma lei possa dar jeito nisso. Que o Estado se meta a regulamentar a ortografia, como ocorre no Brasil, pode-se contestar, mas vá lá: ortografia é verniz, a parte mais superficial de um idioma. Mas o vocabulário?
Não é tudo. Ainda que fosse possível controlar a língua a canetadas, isso estaria longe de ser desejável. Ou será que, junto com os anglicismos recentes e tolinhos que julga “desnecessários”, o legislador pretende abolir também o habeas corpus, o sushi, a Cuba Libre, o scarpin, o sabor tutti-frutti, enfim, o Zeitgeist inteiro? E o que fazer com as incontáveis palavras estrangeiras que se disfarçaram de nativas, como futebol, abajur, vitrine, xampu, uísque, quibe e espaguete, para citar uma fração ínfima delas?
Se somos um povo culturalmente deslumbrado com o que vem de fora – dos Estados Unidos, melhor dizer logo –, isso tem apenas um remédio: educação, educação, educação. Em doses diárias e maciças. Mas pode ser que esse tratamento nossos ilustres representantes tenham medo de aplicar, pois acabaria por nos curar deles também.


Sérgio Rodrigues, Jornalista e Crítico Literário


http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/gimme-a-break-nobre-deputado/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+SobrePalavras+%28Sobre+Palavras%29


Postado por Kênia Pinheiro

Brasília 51 anos

Parabéns à cidade mais linda do Brasil!!!!

Postado por Kênia Pinheiro

terça-feira, 19 de abril de 2011

E-mail para a professora Lucília Garcez

Ana Paula Lima
 para luciliagarcez, catia.martins

Prezada Professora Lucília Garcez,


Tive a feliz oportunidade de ler em minha aula de Língua Portuguesa o capítulo 1 (os mitos que cercam o ato de escrever) de seu livro - Técnica de Redação: o que é preciso saber para bem escrever. Primeiramente gostaria de agradecê-la pelos pertinentes esclarecimentos. Muitos dos mitos citados, se não todos, fazem parte da realidade atual dos estudantes. Com certeza, seu texto incentivou-me a buscar novas técnicas, novos processos e, principalmente, ter uma nova visão no que diz respeito ao ato de escrever.


Atenciosamente,


Ana Paula Lima
Aluna do curso de Letras / UNICEUB

Lucilia para mim


Ana Paula,
pela sua mensagem vejo que você escreve muito bem. Espero que mesmo assim meu livro seja útil.
Abraços
Lucília
 

Ana Paula


Escolhi o curso de Letras porque sempre gostei de Português e de Literatura. Ao analisar a grade curricular do curso, percebi que seriam matérias prazerosas de serem estudadas. Pretendo futuramente ministrar aulas e ser uma boa profissional.

domingo, 17 de abril de 2011

Descobertas cartas inéditas do poeta Walt Whitman


Walt Whitman

http://www.publico.pt/Cultura/descobertas-cartas-ineditas-do-poeta-walt-whitman_1490006

Milagres

Ora, quem acha que um milagre é alguma coisa de especial?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem
                                                                                     /amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.

Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.

O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?

Walt Whitman, in "Leaves of Grass"

http://www.citador.pt/poemas.php?op=10&refid=200810270910

Postado por Luiz Penha

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sérgio Rodrigues - Sobre palavras

*Postado por Kênia Pinheiro

No ótimo Blog "Sobre Palavras" do escritor, jornalista e crítico literário brasileiro, Sérgio Rodrigues, publicado no site da Revista Veja (http://veja.abril.com.br/), tenho buscado resposta a várias dúvidas que permeiama  nossa Gramática Normativa em Língua Portuguesa.
Além de respostas aos leitores, o jornalista esclarece questões sobre semântica, etimologia (adoro!) e assuntos de atualidade ligados à Língua pátria.
Tomo a liberdade para reproduzir, integralmente, um dos últimos posts do brilhante crítico no blog "Sobre palavras" e, além de recomendar a leitura deste blog, também indicar a leitura do outro blog do escritor, sobre Literatura "Todo Prosa" (http://veja.abril.com.br/blog/todoprosa/)

"
“Em ‘vendem-se casas’, o termo ‘casas’ é o sujeito da oração. Mas outro dia li em uma apostila o seguinte: ‘Tal explicação da gramática normativa sobre a voz passiva sintética e a classificação do sujeito nesse tipo de frase tem sido criticada por muitos linguistas. Sendo, porém, regra gramatical cobrada em vestibulares, optamos por trabalhá-la na forma tradicional.’ Gostaria de saber qual é a crítica. Obrigada.” Andréa Stancius Lima
A crítica, Andréa, é simples: a interpretação de “vendem-se casas” como uma frase que se encontra na voz passiva sintética, à qual corresponderia “casas são vendidas” na voz passiva analítica, é denunciada por muitos linguistas como um exemplo claro de arbitrariedade – ou aversão ao método científico de compreender a língua – da gramática normativa.
Sustentam eles que faz mais sentido interpretar o “se”, nesse caso, como índice de indeterminação do sujeito. E argumentam que em “precisa-se de vendedores” o “se” é precisamente isso, como a própria gramática normativa admite: o verbo transitivo indireto não permite que se imagine um absurdo “vendedores são precisados”, certo? No entanto, a ideia é a mesma em “precisa-se” e “vende-se”, ou seja, alguém precisa, alguém vende!
Fica assim explícito o caráter arbitrário de uma análise que, diante de construções tão evidentemente semelhantes como “vende-se casas” e “precisa-se de vendedores”, aplica a cada uma um critério diferente – “casas” vira sujeito, mas “vendedores” é objeto indireto – e decreta que apenas a segunda está correta.
O linguista Marcos Bagno, um dos mais combativos do país na denúncia desse tipo de regra gratuita, chama uma frase como “vendem-se casas” de “pseudopassiva sintética”. Mas é interessante notar que até um gramático tradicional como Evanildo Bechara, filólogo de plantão da Academia Brasileira de Letras, aceita a tese do “se” como índice de indeterminação em sua “Moderna gramática portuguesa”:
…o ‘se’ como índice de indeterminação do sujeito – primitivamente exclusivo em combinação com verbos não acompanhados de objeto direto –, estendeu seu papel aos transitivos diretos (onde a interpretação passiva passa a ter uma interpretação impesssoal: ‘Vendem-se casas’ = ‘alguém tem casa para vender’) … A passagem deste emprego da passiva à indeterminação levou o falante a não mais fazer concordância, pois o que era sujeito passou a ser entendido como objeto direto…
Bechara conclui o raciocínio dizendo que “vende-se casas” é uma frase “de emprego ainda antiliterário, apesar da já multiplicidade de exemplos” (grifo meu), mas reconhece que “ambas as sintaxes são corretas”.
Essa questão do “emprego ainda antiliterário” de “vende-se casas” merece ser desdobrada: acredito que Bechara quis alertar o leitor de sua gramática para o risco de usar tal construção em textos formais – entre eles, naturalmente, provas. A correlação de forças está mudando, mas, qualquer que seja o veredito de um filólogo da estatura de Bechara (“ambas as sintaxes são corretas”), ainda há lá fora um exército de professores, chefes e revisores dispostos a passar a caneta vermelha na frase.
Trata-se de uma cautela que também recomendo – o que, naturalmente, não impede ninguém de compreender a crítica que os linguistas fazem à gramática tradicional, e que neste caso me parece cheia de razão. De resto, o que vejo no campo “literário” é justamente a tendência de acatar cada vez mais a interpretação do “se” como índice de indeterminação do sujeito em construções como “vende-se casas”. Millôr Fernandes uma vez me repreendeu por não escrever assim. “Simplifiquei”, disse.
Se já ganha há algum tempo tal tipo de sanção culta, podemos ter certeza de que um uso como esse não demorará a ser pacífico. Mas cuidado com as provas!"

" 'Vende-se casas?' ou 'Vendem-se casas?'". Disponível em http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/%e2%80%98vende-se-casas%e2%80%99-ou-%e2%80%98vendem-se-casas%e2%80%99/. Acessado em 15/4/2011.

Postado por Kênia Pinheiro

Entrevistas

A arte da Literatura e a atração pela Língua Portuguesa, além de embasarem nossa escolha pelo seu estudo, também nos presenteou com um plus muito bem vindo: a licenciatura.
Apesar de não haver unanimidade dentre os membros deste blog sobre o exercício da profissão de professor, sabemos que, na conjuntura própria do país e do mundo em globalização, educadores em Língua Portuguesa têm um nicho privilegiado no mercado de trabalho.
Buscando bases e inspiração para a comprovação do acerto na escolha do curso, fizemos entrevistas com duas professoras em Língua Portuguesa: as duas têm a mesma idade, formaram-se pelo UniCeub e são professoras há quase uma década. A diferença? Uma leciona em uma escola pública e, a outra, numa escola particular. É interessante traçar o paralelo e o estranhamento que causa, visto as duas amarem a profissão que escolheram, mas a remuneração ser fator quase que determinante para a conservação, ou não, de ótimos profissionais na área.
Seguem as entrevistas:

1)       Nome, idade, escola em que leciona, tempo como educadora em Língua Portuguesa.

Lívia Costa, 32anos.
Leciono há 09 anos na Fundação Educacional: Centro de Ensino Fundamental Fercal.

2)       Por que escolheu o Curso de Letras?

Porque eu simpatizava com a  matéria e havia uma professora de Português que eu admirava muito,Regina.Foi minha professora da 5°, 6° e 7° série. Aprendi muito com ela.

3)       A Licenciatura foi um fator importante para a escolha?

De certa forma sim,pois queria ser professora como minha mãe.
4)       Quais matérias mais a atraíam no Curso? Por que?

Gramática, ainda mais depois que tive aulas com a professora Catarina.

5)       Qual foi o assunto da Monografia?

Meu assunto foi sobre a ambiguidade.

6)       Faz cursos de atualização (pós-graduação, mestrado, doutorado...)?

Já fiz a pós-graduação, talvez eu faça um mestrado, mas tenho que arrumar tempo e dinheiro para tal propósito. Os cursos de mestrados são muito caros, difícil para um professor arcar.

7)       Sobre a sua escola, que acha das instalações físicas? ( além do material de sala de aula, como cadeiras, quadro, há instalações como computadores, data show, laboratórios, etc)

Minha escola não é grande fisicamente, são dez salas de aula que funcionam precariamente. Não temos biblioteca, temos uma sala de informática que não funciona devido a instalação elétrica  que é velha e não suporta tanta coisa ligada ao mesmo tempo. Isso dificulta o processo de ensino e aprendizagem do aluno. Não temos laboratório, a quadra para os alunos praticarem as aulas de Educação Física não é coberta. Possuímos quadros brancos (pelo menos isso). Apesar da estrutura física precária, a boa vontade e o compromisso dos professores com o aluno é grande.

8)       Como é a relação direta com os alunos? Eles demonstram gostar da matéria?

A maioria sim, mas isso depende muito de aluno para aluno. Alguns têm mais facilidade com as exatas,outros com as humanas...

9)       A política educacional da escola é satisfatória? Poderia ser melhorada?

Não, porque o diretor não é presente, assim como parte da sua equipe e desconhecem a importância do projeto político pedagógico da escola. Dessa forma,o processo fica prejudicado.

10)   A escola oferece cursos e oportunidades de atualização?

Eu trabalho na Fundação Educacional e se eu quis me atualizar, tive que correr atrás.

11)   A remuneração é satisfatória? Por que?

Depende. Se for com o salário dos professores no Brasil, sim. Se for comparando com os cargos de cursos superiores de Brasília, não, por isso estamos com indicativo de greve.  Obs.:Houve época que merendeiros ganhavam mais do que alguns professores da rede pública.

12)   Pensa em se manter no cargo? Por quanto tempo?

Apesar de todas as  dificuldades, amo o que faço e não pretendo deixar a profissão.

13)   Uma mensagem aos novos ingressantes do curso de Letras.

 "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."    Cora Coralina

Obs.:Depois quero conhecer o blog!!!!!


1)       Nome, idade, escola em que leciona, tempo como educadora em Língua Portuguesa.

Emanuelle Leite Mendonça
32 anos
Instituto Educacional Santo Elias
11 anos

2)       Por que escolheu o Curso de Letras?

Pelo prazer da leitura e da Literatura.

3)       A Licenciatura foi um fator importante para a escolha?

Sim. Professor de Língua Portuguesa não fica desempregado.

4)       Quais matérias mais a atraíam no Curso? Por quê?

Literatura Portuguesa,  Mitologia (optativa) e Teatro (optativa). Simplesmente por paixão.

5)       Qual foi o assunto da Monografia?

O Privilégio das Imagens Satânicas no Romantismo e em Macário, de Álvares de Azevedo.

6)       Faz cursos de atualização (pós-graduação, mestrado, doutorado...)?

Pós-graduação: Psicanálise e Educação.

7)       Sobre a sua escola, que acha das instalações físicas? ( além do material de sala de aula, como cadeiras, quadro, há instalações como computadores, datashow, laboratórios, etc)

Satisfatórias, tenho todos os recursos que preciso.

8)       Como é a relação direta com os alunos? Eles demonstram gostar da matéria?

Como leciono para a 8ª série, eles chegam "odiando" a disciplina, mas tento mostrar o prazer em aprender a nossa língua, apesar de gramática ser extremamente cansativa e pouco estimulante.

9)       A política educacional da escola é satisfatória? Poderia ser melhorada?

Em partes. Acredito que poderiam investir mais nos professores, fazendo com que estes sintam vontade de lecionar.

10)   A escola oferece cursos e oportunidades de atualização?

Apenas na área de TDAH. Já cansei de assistir as mesmas palestras, os mesmos conceitos.

11)   A remuneração é satisfatória? Por quê?

Obviamente não. Muito trabalho e desgaste para pouco dinheiro.

12)   Pensa em se manter no cargo? Por quanto tempo?

Cansei da área de Educação, quero passar num concurso que não leve milhões de trabalhos para casa.

13)   Uma mensagem aos novos ingressantes do curso de Letras.

O curso é, absolutamente, maravilhoso. Mas não faça dele a sua profissão, a não ser que não se importe em ganhar pouco.

Postado por Kênia Pinheiro

E-mail para a professora Lucilia Garcez - Kênia Pinheiro

Após a leitura do Capítulo 1 do livro "Técnica de Redação: O que é preciso saber para bem escrever", que disserta sobre os mitos que cercam o ato de escrever, fomos convidados pela professora de Lígua Portuguesa a enviar um e-mail para a escritora Lucília Garcez. Vou postar o e-mail que enviei e a resposta da Professora. Muito feliz!!!





De: Lucilia [mailto:luciliagarcez@terra.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 30 de março de 2011 15:53
Para: Kenia Bispo Pinheiro (SRE)
Assunto: Re: Aluno_Letras


Kênis,
parabéns! De fato seu texto é perfeito. É objetivo, claro e, principalmente, gramaticalmente corretíssimo. Continue assim: lendo e escrevendo bastante.
Abraços
Lucília
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, March 30, 2011 2:08 PM
Subject: Aluno_Letras/UniCeub_Catia_2011

Boa tarde, professora!

          Ao ler o capítulo sobre os mitos que cercam o ato de escrever, deparei-me com um que sempre permeou a minha vida: pensava que escrever era realmente um dom e, pior, que eu era uma das contempladas! Lendo as demais desmistificações, observei que, embora de forma inconsciente, eu já havia interiorizado todas as demais atitudes que levam à redação de um bom texto. Ao escrever, tenho segurança em qualquer assunto e percebo a estrutura que o texto deve ter, pondo em prática o que aprendi nas diversas leituras que faço. Trabalho com redação de correspondências oficiais, logo, a correção é ponto chave nos meus textos e os reescrevo quantas vezes forem necessárias para melhorá-los. E, o principal, sempre tive o incentivo, de professores e em casa, para ler muito e escrever mais.
          Realmente, o ato de escrever é uma construção permanente e, por isso, escolhi o curso de Letras para aprimorá-lo cada vez mais.

Um abraço!

Kênia Pinheiro
Os mitos que cercam o ato de escrever.
a-      Escrever é uma habilidade que pode ser desenvolvida e não um dom que poucas pessoas têm.

-“Eu não tenho o dom da escrita.” “Não fui escolhido.” “Não recebi esse talento quando nasci.”
-A escrita é uma construção social, coletiva ,tanto na história humana como na história de cada indivíduo.
-O que vai determinar o nosso grau de familiaridade com a escrita é o modo como aprendemos a escrever.

b-      Escrever é um ato que exige empenho e trabalho e não um fenômeno espontâneo.

-Muitas pessoas acreditam que aqueles que redigem com desenvoltura executam essa tarefa como quem respira, sem a menor dificuldade, sem o menor esforço.
-Escrever é uma das atividades mais complexas que o ser humano pode realizar.

c-      Escrever exige estudo sério  e não é uma competência que se forma com algumas dicas.

-A ideia de que algumas indicações e truques rápidos de última hora podem solucionar problemas de produção de textos, tanto para candidatos a concursos como para profissionais que precisam mostrar competência escrita em pouquíssimo tempo.
-Fórmulas pré – fabricadas de texto e “dicas” isoladas apenas contribuem para a montagem de um texto defeituoso, trucado, artificial, em que a voz do autor se anula para dar lugar a clichês, chavões, frases feitas e pensamentos alheios.
-Escrever bem é o resultado de um percurso constituído de muita prática, muita reflexão e muita leitura.
- Escrever todos os dias, escrever sobre assuntos diversos, escrever com diversos objetivos, e escrever em diversas situações.

d-      Escrever é uma prática que se articula com a prática da leitura.

-E improvável que um mau leitor chegue a escrever com desenvoltura. É pela leitura que assimilamos as estruturas próprias da língua escrita.
-Além de ser imprescindível como instrumento de consolidação dos conhecimentos a respeito da língua e dos tipos de texto, a leitura é um propulsor do desenvolvimento das habilidades cognitivas.
-Há ainda que se considerar que a leitura é uma das formas mais eficientes de acesso á informação.

e-      Escrever é necessário no mundo moderno.

-Observe se que o cidadão comum, dependendo do mundo profissional a que pertence, escreve muito pouco. Hoje o mundo está muito automatizado e as relações humanas por intermédio da escrita podem ser reduzidas ao mínimo: telefone resolve a maior parte dos problemas do cotidiano.
-As pessoas escrevem menos pelo fato de ter preguiça e pegar alguns textos pela net.

f-       Escrever é um ato vinculado a práticas sociais.

-Todo ato de escrita pertence a uma prática social. Não se escreve por escrever .
-A produção de textos é uma forma de reorganização do pensamento e do universo interior da pessoa.
-A escrita não é apenas uma oportunidade para que a pessoa mostre, comunique o que sabe, mas também para que descubra o que é, o que pensa, o que quer, em que acredita.
-Saber escrever é também compartilhar práticas sociais de diversas natureza que a sociedade vem construindo ao longo de sua história.

Postado por Reginaldo Bezerra

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Reginaldo

Eu, Reginaldo Bezerra da Silva, acadêmico do curso de Letras do UniCEUB, escolhi esse pela necessidade de compreender e aprender o universo das Letras. E com esse conhecimento, buscar incentivar as pessoas a lerem e ercreverem melhor.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Os Mitos que Cercam o Ato de Escrever - Kênia Pinheiro

No livro "Técnica de Redação: O que é preciso saber para bem escrever", a ótima escritora Lucília Garcez, na Capítulo 1, disserta sobre os mitos que cercam o ato de escrever. De forma bem estruturda e de fácil apreensão, a autora nos apresenta a seguinte lista:

A)    Escrever é habilidade que pode ser desenvolvida e não um dom.

A escrita é uma construção social cuja familiaridade se dá pelo modo como se aprende a escrever, a importância que o texto escrito tem para o leitor e para o grupo que a que pertence.

B)    Escrever é ato que exige empenho e trabalho e não um fenômeno espontâneo.

Escrever é uma das atividades mais complexas que o ser humano realiza. Conhecimentos de natureza diversa são acessados para a escrita.

C)    Escrever é estudo sério e não se aprende com dicas

Dicas isoladas contribuem para montagem de textos defeituosos. A autoria vem das escolhas pessoais dentro das possibilidades da língua e do gênero do texto. Aprende-se a escrever bem, escrevendo.

D)    Escrever é uma prática que se articula com a prática da leitura.

A leitura é a ferramenta para a assimilação das estruturas próprias da língua escrita. Lendo-se textos escritos de diversos gêneros é que se incorpora às habilidades um efetivo conhecimento da escrita, visto a leitura ser um propulsor do desenvolvimento das habilidades cognitivas. Além do mais, ler é uma das formas mais eficientes de acesso a informações.

E)    Escrever é necessário no mundo moderno

Na sociedade moderna, vale o escrito.

F)     Escrever é ato vinculado a práticas sociais

A escrita tem sentido e função. Por ela, está-se atuando no mundo, relacionando-se com os outros e reforçando o papel de autor, sujeito de uma voz.


Como se vê, o ato de escrever é uma construção constante, que deve ser treinada de forma constante e otimista.

Kênia Pinheiro